sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Hipoalergênicos


Coceira na pele, vermelhidão, edema e inchaço. Se você já teve algum desses sintomas após usar qualquer creme, esmalte ou xampu, é provável que seja alérgica a ele. É para casos como esses que foram criados os produtos hipoalergênicos, que facilitam muito a vida de quem tem sensibilidade a determinadas fórmulas. Apesar do custo mais elevado, especialistas garantem: vale a pena investir.

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O uso indiscriminado de produtos de beleza, segundo a coordenadora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Andreia Mateus Moreira, é o primeiro passo para o desencadeamento de um processo alérgico. "Hoje existe uma oferta sem fim de produtos e as pessoas estão fazendo uso excessivo deles. O exagero promove uma sensibilização da pele em relação a essas substâncias", explica a médica, que alerta para os casos mais críticos: "Tem maior propensão quem já possui um histórico de alergia respiratória, como a rinite alérgica ou cutânea. Ainda assim as alergias de um modo geral estão aumentando em larga escala".

Pele quebradiça, coceira, vermelhidão, inchaço, edema e dermatites são as reações mais comuns, causadas principalmente por
fragrâncias, perfumes, aromas, corantes, propilenoglicol (usado em fórmulas com funções hidratante, lubrificante e emulsionante) e parabenos (tipo de conservante usado nas indústrias cosmética e farmacêutica). "A grande vantagem dos produtos hipoalergênicos é o fato de serem desenvolvidos para minimizar os riscos de se desenvolver uma alergia. O objetivo é oferecer eficiência primordial sem prejudicar a saúde", esclarece Andressa Dias, gerente de marketing da loja especializada Alergoshop.

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Neutros e naturais

É consenso entre os profissionais da área que a diferença entre as fórmulas tradicionais e as hipoalergênicas reflete diretamente na qualidade do produto, como observa Andressa: "Seu diferencial começa na composição, que usa matérias-primas comqualidade diferenciada. Os hipoalergênicos são compostos por substâncias mais naturais e neutras, por isso têm qualidade superior".

A dermatologista Andreia Mateus destaca que o nível de qualidade acarreta preços mais elevados. "Esses produtos são mais elaborados e saem bem mais caro. A questão do preço é justificada pelo fato de os produtos normais, ao contrário dos hipoalergênicos, serem fabricados em larga escala, tendo seu valor diluído", esclarece ela. A despeito do custo, Andressa aponta para o crescimento da demanda: "As pessoas estão preocupadas em usar produtos que não oferecem riscos. A mídia tem participação importante neste crescimento e também os médicos, que indicam por saberem do
benefício da prevenção", reflete.

Para todos os bolsos

Hoje são muitas as marcas que oferecem soluções hipoalergênicas, como a Risqué, que desde agosto de 2005 possui uma linha de esmaltes com menor quantidade de substâncias químicas, em especial o toluol e o formaldeído, dois componentes que podem causar irritações e desencadear reações imunológicas. A série oferece 21 opções com diferentes cores, bases e extrabrilhos.

Desde 1993, a Alergoshop, empresa focada em atender as necessidades de pessoas alérgicas, vende cinco linhas para o problema: respiratória(purificadores de ar, capas antiácaros para colchões e travesseiros), cosméticos (maquiagens, esmaltes, hidratantes, cremes antissinais, produtos para banho, protetor solar), insetos (repelentes, aromatizadores de ambientes naturais e pós-picadas), semijoias (brincos de vários modelos, banhados em ouro, prata ou ródio) e a linha diversificada, que compreende alimentos, higiene bucal e luva. A ideia da marca surgiu das necessidades pessoais de uma de suas sócias, Sarah Lazaretti, que junto à irmã, Julinha, vislumbrou o novo mercado. "Hoje, a Alergoshop não atende apenas pessoas com alergia, mas também quem procura produtos naturais e menos agressivos", conta a gerente de marketing.

A preocupação com a saúde da pele, segundo a dermatologista Andreia Mateus, deve ser constante até para aquelas que não sofrem de alergias. "A grande maioria usa produtos, principalmente os de beleza, indiscriminadamente, sem sequer consultar um especialista. Muitos viajam para fora do Brasil, trazem cosméticos que nem sabem ao certo o que são e usam de forma errada, sem orientação profissional nenhuma. Então é claro que a sensibilização ao produto vai existir. As pessoas precisam entender que
é fundamental consultar frequentemente um dermatologista. Nossa pele é nossa saúde", destaca.

Leia também:

- Guia da pele saudável - Conheça as características de cada tipo de pele e escolha o seu tratamento.

- Limpeza de pele - Ela atua nas profundezas da derme e tem técnicas apropriadas, entenda.

- Driblando a alergia - Hipoalergênicos são a saída para quem sofre com irritações constantes.

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